Guarapari terá fábrica de tinta que mata mosquito da dengue. Investimento pode chegar a R$ 30 milhões

Guarapari foi a cidade escolhida para sediar a primeira fábrica brasileira da Inesfly, empresa espanhola conhecida pela produção de tintas inseticidas que matam o mosquito da dengue. A decisão marca um avanço na estratégia da companhia para o mercado nacional. A expectativa é de gerar 100 empregos diretos e 1.000 indiretos. O início das operações fabris deve ocorrer a partir de 2026.

Segundo Luiz Rolim, CEO da Inesfly, a decisão de escolher o Estado ou pela posição privilegiada em relação ao mercado e aos benefícios tributários disponíveis.

Tivemos conversas com o governador Renato Casagrande, com o vice Ricardo Ferraço e com a equipe de secretários. Ficamos muito animados com o que o Estado oferece. Inicialmente vamos fazer um investimento de R$ 10 milhões que deve chegar a até R$ 30 milhões. Luiz Rolim, CEO da Inesfly.

A tinta, que possui tecnologia microencapsulada, é desenvolvida para combater vetores de doenças endêmicas como dengue, zika e chikungunya. Segundo Luiz Rolim, o produto atua quando o inseto entra em contato com a superfície pintada, resultando em sua morte. A tecnologia permite que o princípio ativo não interaja com a tinta, prolongando a durabilidade e eficácia.

Além da tinta

“Mas não vamos produzir apenas a tinta. Produziremos ainda repelente corporal e toda a linha de produtos para controle de mosquito, com uma linha de desinfetantes com repelentes, armadilhas para insetos e outros”, pontuou Rolim. 

Ele disse ainda que a capacidade de produção será de 2 milhões de litros de produtos por mês. “Hoje já atuamos no setor público e identificamos uma demanda, só no mercado privado onde vamos começar a atuar, de 1 milhão de  litros por mês”, disse.

Além de atender o mercado nacional, a fábrica deve também fornecer produtos para o mercado dos Estados Unidos.

Atualmente, a Inesfly mantém sede em Brasília, filiais em Maceió e em Manaus. A tinta possui autorização da Anvisa, três certificações do Ministério da Saúde e estudos com a Fiocruz.