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Um guia para as famílias na volta às aulas

O início de um novo ano letivo é sempre um momento de expectativa para as famílias. Crianças e adolescentes enfrentam mudanças e desafios que vão desde a adaptação a uma nova rotina até a socialização com novos colegas e professores.

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Um guia para as famílias na volta às aulas

O início de um novo ano letivo é sempre um momento de expectativa para as famílias. Crianças e adolescentes enfrentam mudanças e desafios que vão desde a adaptação a uma nova rotina até a socialização com novos colegas e professores. Com estratégias simples e eficazes, os familiares podem desempenhar um papel essencial para ajudar os jovens a retomarem seus estudos com confiança e motivação. Pensando nisso, a Escola Americana de Vitória reuniu dicas práticas que tornarão a volta às aulas uma oportunidade valiosa de conexão e aprendizagem.

Prepare a rotina com antecedência

Criar rituais em torno do retorno às aulas é uma estratégia eficaz para envolver as crianças e estabelecer um vínculo positivo com o aprendizado. Segundo Cristiano Carvalho, diretor-geral da EAV, incluir os filhos nas atividades relacionadas ao início do ano letivo ajuda a reforçar o protagonismo deles na própria jornada educacional. “A forma como nos conectamos à aprendizagem pode influenciar a motivação das crianças. Organizar a mochila ou personalizar o material escolar juntos, por exemplo, pode ser feito de forma divertida, transformando a preparação em um momento leve e significativo”, explica.

Outro rito importante é a readequação da rotina. Pequenos ajustes prévios nos horários de dormir e acordar nos dias que antecedem o início das aulas, contribuem para uma adaptação mais tranquila. Retornar de viagens com antecedência também auxilia na adaptação.

Embora a escola ocupe um papel central na rotina, é essencial que as crianças tenham tempo para brincar, socializar e explorar outros interesses. “Evite sobrecarregar os filhos com agendas que mais se parecem a rotina de trabalho de um adulto. É importante respeitar o espaço para que vivam plenamente a infância. O equilíbrio entre aprendizado, diversão e descanso é o que garante o desenvolvimento saudável”, afirma.

Uma outra dica valiosa é evitar comentários, ainda que em tom de brincadeira, como “acabou a vida boa” ao se referir ao início das aulas. “Essas frases, ainda que ditas em tom de brincadeira, podem desmotivar. Lembre-se de que, para as crianças, o retorno às aulas é, na maioria das vezes, marcado por alegria, reencontros e sorrisos”, conclui Cristiano.

Promova engajamento e autonomia

Para crianças até os 8 ou 9 anos, a noção de tempo é mais abstrata, o que pode aumentar a ansiedade em relação a volta às aulas. A coordenadora de inclusão da EAV, Camila Lopes, sugere o uso de ferramentas visuais como calendários, onde os pequenos possam marcar os dias que faltam para o início das aulas. “Essa prática ajuda a tornar o tempo mais tangível, reduzindo a ansiedade e criando expectativa positiva para o retorno”, explica.

Um quadro de rotina também pode ser uma ferramenta poderosa para organizar o dia a dia e incentivar a independência das crianças. “Marcar um ‘X’ nas tarefas realizadas, como vestir o uniforme, escovar os dentes e preparar a mochila, é um reforço positivo que entretém e motiva os pequenos, diminuindo a necessidade de comandos constantes”, aponta Camila.

Também é recomendado iniciar conversas sobre a rotina que será retomada e envolver os filhos em decisões importantes, como a escolha de atividades extracurriculares ou esportes. “Tomar essas decisões em conjunto, considerando os interesses e o perfil da criança, promove engajamento e bem-estar”, acrescenta.

Estimule a empatia e integração social

Além da organização prática, as famílias também desempenham um papel fundamental no ensinamento de valores como respeito e empatia para a integração social das crianças e adolescentes.

“É indispensável ensinar as crianças a acolher novos colegas, entender as diferenças e valorizar as habilidades de cada um. Aquele menino que faz movimentos diferentes pode ser brilhante em matemática, ou a menina mais tímida pode ser uma artista incrível. Reconhecer e respeitar essas diferenças é o que torna o ambiente escolar mais rico e acolhedor”, ressalta Camila.

Estabeleça conexões positivas com a escola

Preparar emocionalmente os filhos para as mudanças também é fundamental. De acordo com a orientadora educacional da EAV, Katharina Ferrari, abordar as expectativas da criança e o que ela espera desse novo período escolar pode trazer conforto e confiança. A preparação emocional também inclui trabalhar com os filhos sobre como lidar com o inesperado.

“Converse com a criança sobre a escola e os motivos que o levaram a escolher essa instituição especificamente, destacando o que você viu de bom. Também compartilhe suas próprias experiências de adaptação escolar, ajudando a criança a perceber que, mesmo que o começo seja desconfortável, isso faz parte do processo e vai ar”, diz.

As famílias também podem sinalizar para a equipe escolar as suas incertezas e inseguranças, pedindo apoio. “As escolas têm profissionais especializados e muito bem dispostos para atender as famílias. Isso não é “ser chato” ou “incomodar”, mas ser mais próximo e mais parceiro da escola. As crianças, sobretudo as menores, são muito sensíveis às emoções de seus cuidadores de referência. Se você estiver seguro a respeito da escolha da escola, a criança estará também”, enfatiza Katharina.

A leitura também pode ser uma grande aliada para ajudar as crianças a se identificarem com as situações e a lidarem com o processo de adaptação de forma mais acolhedora. “Livros como ‘O fio invisível’, ‘Escola de chuva’ e ‘As maravilhas que você vai ser’ são ótimas opções que abordam de forma lúdica o universo escolar”, recomenda.

Faça visitas à escola

Embora muitas etapas do processo de matrícula sejam realizadas de forma online, uma visita presencial à nova escola é indispensável, independentemente da idade da criança. “Esse momento permite que a família e o aluno vivenciem a dinâmica real da escola. Conhecer as instalações físicas ajuda a criança a se familiarizar com o espaço e a criar uma sensação de segurança antes do início das aulas”, afirma Júnia Perenzin, coordenadora de issions e marketing da EAV.

Na EAV, por exemplo, os alunos são incentivados a participar de um período do dia em sala de aula, interagindo com futuros colegas, explorando projetos, participando de atividades e vivenciando o clima que encontrarão no ano letivo.

“Essa experiência é valiosa para alunos de todas as idades, pois facilita significativamente a adaptação. Antes das aulas começarem, também organizamos reuniões presenciais com as novas famílias para apresentação dos gestores pedagógicos e profissionais da escola que estarão ao lado dos alunos durante todo o ano letivo. Além disso, realizamos outra reunião para as famílias após o começo do ano letivo”, afirma Júnia.